Projeto 1 - Fases da Pesquisa

Fases da Pesquisa - Projeto 1: A produção acadêmica sobre o professor: estudo interinstitucional da Região Centro-Oeste

Apresentação | Objetivos e Metas | Tema | Metodologia | Fases | Publicações | Equipes Interinstitucionais | Contribuíções | Referências


A pesquisa esta será desenvolvida em 3 fases

Primeira fase: Nível da análise inicial

     Na primeira fase da pesquisa partimos da realidade contida, sintetizada e manifesta nos textos (teses, dissertações, relatórios de pesquisa), isto é, da realidade que "é" cada um dos textos e, através da mediação de categorias abstratas e das determinações e inter-relações sociais e históricas da produção da pesquisa, vamos construindo essa totalidade que é o concreto.

     Procurou-se explicitar alguns elementos teóricos que permitiram a leitura, a análise e a compreensão do objeto em questão. Em seguida, iniciou-se a discussão da abordagem e processos da pesquisa que cuidariam da relação todo, partes, contexto, concretizando-se com a construção de um instrumento para organizar a leitura na integra dos trabalhos - “ficha de análise”, como técnica de coleta, organização e tratamento de dados e informações.

     Após o levantamento e identificação dos textos junto aos programas de pós-graduação em educação existentes no centro-oeste, são organizada listagens das dissertações e teses sobre o (a) professor (a), produzidas durante o período 1999-2005. As dissertações e teses são lidas integralmente, analisadas, catalogadas e discutidas no grupo de participantes da pesquisa. Com a Ficha de Análise constrói-se as categorias de análise a serem utilizadas na avaliação desses trabalhos: a) os temas do texto (os aspectos em que o autor se detém); b) o referencial teórico (o quadro teórico em que se insere o texto); c) o ideário pedagógico (concepção sobre educação, ensino e aprendizagem); d) tipo de pesquisa. Além disso, são categorizados, ainda, quanto aos cursos de pós-graduação em que foram realizadas e seus respectivos orientadores, para se perceber o que foi predominante em cada época, programa e nas diferentes sub-áreas de pesquisa. No decorrer do processo a matriz vai sendo refinada e redefinida.

     O preenchimento das fichas de análise (1) é um trabalho conjunto, elaborado pelos professores pesquisadores, estudantes da pós-graduação e colaboradores, inserido em disciplinas ou atividades oferecidas nas linhas de pesquisa dos programas de pós-graduação, constituindo-se como um momento da práxis investigativa para os pós-graduandos que dela participam. Procedimento: a partir das leituras e discussões realizadas, trabalha-se o aprofundamento teórico de temas fundamentais para a análise dos dados como, por exemplo, profissionalização, prática e formação docente, de maneira que ao longo do processo os componentes do grupo ampliem e construam conhecimentos que referenciem a compreensão do tema em pauta.

     Com a “ficha de análise” elaboramos o agrupamento dos registros da leitura, através de um processo progressivo de síntese. Os elementos da ficha de análise, organizados em um movimento de mútua compenetração e elucidação, foram constituindo a concreticidade ou especificidade de cada alternativa metodológica.

Segunda fase: Nível de aprofundamento

     Neste segundo momento da pesquisa, prioriza-se o aprofundamento das análises. Para tanto, será aplicado um segundo instrumento construído pelo coletivo de pesquisadores: “ficha de aprofundamento” que objetiva aprofundar as análises referentes a: Concepção: Educação e Professor; Tipos de Pesquisa, Método, temáticas, referencial bibliográfico. Essa análise promoverá um nível mais complexo no qual articula-se elementos que determinaram as características da pesquisa desenvolvida nos programas. Esses novos elementos entram em interação com a ficha de análise (1), enriquecendo a nova síntese que reconstrói, com categorias mais amplas, o perfil epistemológico dos trabalhos produzidos, suas áreas de concentração ou a matriz disciplinar de suas áreas de conhecimentos, em cada programa do Centro-Oeste.

     No processo de análise, esses novos elementos serão articulados às informações sobre o desenvolvimento histórico de cada programa, suas especificidades, áreas de concentração, programas de disciplinas cursadas, alunos e professores-orientadores envolvidos no processo e, de igual forma, serão levadas em conta informações sobre as decisões administrativas e políticas de cada curso e cada universidade, e informações sobre a política de Pós- Graduação em geral.

     Entendemos que dessa forma, ou seja, partindo das análises anteriores – primeira ficha de análise, e das sínteses promovidas pela “ficha de aprofundamento”, recuperaremos a unidade da totalidade implícita na produção científica de cada programa. Síntese que se constrói ao modo de um concreto histórico e que nos permite fazer as inferências surgidas do estudo de uma produção científica determinada, mas aplicáveis, por extensão ou comparação, a outras situações de produção científica na área da educação. A discussão teórica sobre a pesquisa em educação pode contribuir para a compreensão das tendências epistemológicas em outras áreas no âmbito das ciências humanas e sociais.

Terceira fase: publicização dos dados

     O resumo e a categorização dos textos serão armazenados através de programa especial de processamento de dados, que permitirá consultas sobre a temática desenvolvida nesse período e, ainda, identificá-las segundo diversas entradas da catalogação. Esse programa, portanto, possibilitará outras análises quantitativas e qualitativas sobre o tema.

     No processo compartilhado desta investigação os pesquisadores das diferentes instituições terão encontros periódicos presenciais e à distância, de maneira a avaliar, redirecionar e aprofundar essa metodologia. Neste sentido, será criada lista de discussão on-line e promovidos nos Seminários A Produção Acadêmica sobre Professores Um Estudo Interinstitucional da Região Centro-Oeste - convém observar que estes seminários possuem qualificação Qualis B-45 no CNPq, organizados nos diferentes programas, incluindo todos os participantes. Esses encontros sistemáticos são essenciais para a constituição dos “núcleos” e do trabalho em “rede”, considerando-se os problemas institucionais para os deslocamentos e consolidação de novos espaços de discussão.